Em 2009, desejo muita criatividade, bom humor e os melhores conceitos. Neste que é o último post de 2008, deixo 5 filmes engraçados, tudo para começarmos o novo ano mais leves. Afinal, descontração é fundamental para que as boas ideias* aflorem (*idéia "modelo 2009": sem o acento agudo, segundo as novas regras da língua portuguesa).
Marca de sutiã (site) cria sua própria faixa amarela de segurança numa estação de metrô. No caso, a linha da Wonderbra é um pouco mais recuada do que a faixa convencional. Já deu para entender o por quê, não? Santo sutiã!
Flávia Ramos Pinto tem 23 anos, estuda Medicina na UERJ, viveu alguns anos na Inglaterra quando criança mas há muitos mora no Rio. Gosta de comédias românticas, porém não dispensa um bom filme de terror. Conheçamos um pouco mais desta vintona.
(Pepê.) Um filme_(Flávia) Amor Além da Vida Um comercial de TV ou outro trabalho publicitário que você tenha adorado_O do filtro solar, "Use filtro solar"*. Um personagem_ Bridget Jones. Música ou Grupo Musical_ "If You're Not the One", Daniel Bedingfield. Te lembra..._ Não me lembra ninguém nem um momento específico, me faz pensar na sensação de plenitude que o amor traz. O lugar mais importante do corpo oposto_ Olhos e boca. Uma coisa irritante_ Barulhos repetitivos! Uma mania_ Morder os lábios. Um lugar para conhecer_ Fernando de Noronha! Entre muitos outros... Uma marca para os amigos_ Dior. Para os amigos ricos, né?_ (risos) Eu pensei nisso também. Mas não estava vindo nenhuma outra na cabeça. All Star. Você foi da patricinha à alternativa. É bastante eclética_ Isso é fato. É uma característica que valorizo em mim. E uma marca para os inimigos_ Garnier. O que falta para o Brasil tomar jeito?_ Educação para que o povo tome conhecimento dos seus direitos podendo reivindicá-los, e tenha esclarecimento suficiente para cumprir seus deveres como cidadãos. Liberar as drogas?_ Sim, desde que hajam leis que regulamentem o uso e condições, como a educação do povo, para que elas sejam cumpridas. E o aborto?_ A prática do aborto já ocorre entre as mulheres de classe média e alta em clínicas ilegais. A legalização do aborto poderia permitir o acesso para mulheres que não têm condições de pagar essas clínicas e que praticam o aborto através de métodos nada seguros. Nesse sentido, eu seria a favor uma vez que a sua não legalização não impede a sua prática. Mas, moralmente falando, não sou a favor do aborto. Pena de morte?_ Sim. Com quantos anos você vai morrer?_ Com idade suficiente para ter vivido uma vida completa. Eu diria que com uns 80 anos. O que não dá para entender nos homens?_ Alguma coisa dá? Você acha que o voto deve ser facultativo ou obrigatório?_ Obrigatório. Preferia nascer na época dos seus pais?_ Em alguns aspectos sim, em outros não. Mas se fosse para nascer em outra época, iria mais para trás, para a época dos meus avós. Tem medo de morrer?_ Menos do que tenho da morte daqueles que amo. Prefere ser enterrada ou cremada?_ Penso bastante sobre isso mas ainda não cheguei a uma conclusão. Uma estação do ano_ Com toda certeza, o inverno! Do que você mais gosta no Brasil?_ Acho que a única coisa que é unânime: as belezas naturais. O que gostaria de saber fazer?_ Diagnosticar como o House! Ah, um personagem: House. Como fui pensar primeiro na Bridget Jones!? (risos) Você bebe café?_ Sim, com adoçante.
*"Wear Sunscreen": o "comercial" preferido da Flavinha, na realidade, não é bem o que podemos chamar de anúncio publicitário. Ficou famoso no Brasil depois que Pedro Bial fez sua tradução e locução. Nós conhecemos o filme, com a narração sobre imagens bonitas e um remix da música "Everybody's Free". O texto original seria de Mary Schmich, e teria sido publicado em uma coluna do Chicago Tribune em 1997. Dois anos depois, Baz Luhrmann, famoso diretor de cinema australiano (de Moulin Rouge e Austrália), tomou-o emprestado, adicionou "Ladies and gentlemen of the class of 99" no início e usou-o como discurso em uma cerimônia de formatura. Depois, finalmente, veio o filme que a gente conhece. Não sei ao certo quem o criou. Porém, existe uma versão assinada pela agência de publicidade DM9DDB, uma das maiores do mundo, o que nos leva a crer que os criativos da DM9 se apropriaram da apropriação de Luhrmann para promover a agência, criando uma peça publicitária. Posto aqui o vídeo da DM9 com o discurso de Luhrmann que Bial gostou e traduziu para o português. Mas não se esqueçam que a dona da mensagem é a Mary. =p
Os Vintões: um papo "psicográfico" com a nova geração brasileira.
Beirut é o nome desta banda americana com 2 anos de estrada e dois álbuns lançados. Zach Condon (é esse mesmo o sobrenome do bandleader) é de Santa Fe, Novo México. Ele e seus parceiros fazem um som inspirado no que se ouve na região dos Balcãs, no Leste Europeu, que Zach visitou aos 16 anos.
Na realidade, Elephant Gun é a única música que conheço da banda, e não faz muito tempo que ela me apareceu. Gosto da música, guarda um encanto muito particular, passa uma idéia de celebração. O som do trompete talvez contribua para isto. O próprio clipe cumpre bem a tarefa de pôr em cena o que a música transmite: o êxtase, uma felicidade genuína, sei lá, é algo que se sente.
A canção está no novo trabalho de Luiz Fernando Carvalho, a microssérie Capitu, embalando a história de amor e ciúmes entre Capitu e Bentinho. O som do Beirut causou um frenesi em fóruns do Orkut, em blogs e no YouTube, assim que apareceu na história, diga-se de passagem, em uma das cenas mais bonitas que eu já vi na TV (assista abaixo). Todos queriam saber: "que música era aquela da cena do giz?" E que sequência tinha sido aquela? Apenas uma das dezenas de pérolas que Luiz Fernando e sua equipe (de cena e bastidores) produziram para o deleite do telespectador que acompanhou durante cinco dias a microssérie.
O talento de Michel Melamed (Bentinho adulto) eu já conhecia, mas quem mais me chamou a atenção foi o ator que interpreta José Dias: Antonio Karnewale, o cara deu um show na pele do "agregado", cúmplice de Bentinho. Outro que para mim encarnou perfeitamente o personagem, com toda a força que ele exigia, foi Pierre Baitelli, o Escobar. Todo o elenco estava afinadíssimo, o trabalho ficou sensacional e algumas cenas são simplesmente fodas: a do muro com Capitu e Bentinho ainda crianças, no 1º capítulo; a do enterro de Escobar e a da morte de José Dias no último capítulo; a do passeio dos casais pela praia do Flamengo; Bentinho falando no celular e o baile com os fones de ouvido também merecem registro.
Capitu foi um belo presente de Natal. Dom Machado ficaria orgulhoso.
Em outubro deste ano, Londres sediou o espetáculo Transports Exceptionnels, com Philippe Priasso, bailarino da companhia francesa Compagnie Beau Geste, e Komatsu, uma japonesa amarela, como de costume, de 13 toneladas. Isso mesmo: 13 toneladas! Seria estranho se não se tratasse de uma escavadeira. Um modelo PW140 da fabricante oriental de máquinas para construção dançou com Priasso em um parque público de Londres, chamando a atenção de quem passava, principalmente de crianças acompanhadas dos pais, em uma excepcional (como diz o nome do espetáculo) demonstração do produto. Antes de ser arte, o que se tem aqui é um belo caso de branding.
Como escreveu Will Collin na Meio & Mensagem de 3 de novembro:
"Ballet é o meio perfeito de expressar a suave e equilibrada operação do mecanismo da PW140. E talvez haja pouquíssimas maneiras de melhor demonstrar a precisão do braço e dos controles, do que com uma carga humana, onde qualquer milímetro fora da precisão total pode trazer risco de um ferimento catastrófico. Tendo ainda ao fundo a voz de Maria Callas com seu efeito enregelante, a destreza de movimento da PW140 parecia transcender a mera engenharia para assumir qualidades humanas que iam da ternura à agressão." Colin é sócio-fundador da Naked Communications, empresa referência em Marketing de Experiência.
A ação rendeu uma crítica bastante elogiosa na principal publicação do setor de construção do Reino Unido, a revista Building, cujas páginas geralmente veiculam anúncios tradicionais descrevendo as especificações técnicas de escavadeiras em um blá-blá-blá sem fim. Dessa forma, a Komatsu se sobressai das demais. Ponto para a inovação.
Atenção cinéfilos do meu Brasil, está chegando a melhor época do ano. Em dezembro começam os rumores: saem as listas das associações de críticos de cinema dos EUA e são anunciados os indicados para o Globo de Ouro. Em janeiro, os globos são entregues, enquanto os sindicatos (de atores, roteiristas e diretores) anunciam seus preferidos. As especulações aumentam. Apostas. As grandes promessas começam a pipocar nas telas do Brasil, os oscarizáveis vão chegando a cada nova sexta-feira. Finalmente, ainda em janeiro, a Academia divulga a sua lista. Os Top 5 são conhecidos: saem os indicados ao Oscar. Em fevereiro, o último sindicato anuncia seus premiados e, dias depois, o Oscar é entregue.
Sim, eu sei, existem adoradores e adoradores. Os muitos que não se importam com os prêmios americanos, pouco se lixam para o que vem por aí. Vá lá, gosto não se discute e devemos respeitar. Mas para quem, como eu, simples mortal que gosta de acompanhar o que rola no mundo do cinema e pega a sua sessãozinha sábado à noite, estes três meses (dezembro, janeiro e fevereiro) são empolgantes. Ah sim, março ainda nos reserva uma saideira: afinal, sempre fica faltando assistir a um ou outro filme, e é quando geralmente os estrangeiros indicados estréiam por aqui.
Hoje, as primeiras listas foram anunciadas. Nesta 5a feira, dia 11, a HFPA (responsável pelo Globo de Ouro) revela a sua.
Li um tempo atrás que teríamos um Oscar mais pop em 2009. Os estúdios estão fazendo forte campanha para que os filmes de grande sucesso comercial apareçam entre os indicados aos maiores prêmios americanos. Quando falo em sucessos de bilheteria, estou falando em "pipocões" mesmo, como Batman - O Cavaleiro das Trevas e Homem de Ferro, por exemplo. A "popularização" do Oscar visa a reverter um quadro crítico de diminuição da audiência do evento nos últimos anos. Sinceramente, creio que esta não seja a saída para a questão da baixa audiência. Se houver melhora, não deverá ser significativa. Quem me conhece sabe que eu não concordo com esta medida. Não que eu seja contra o cinema-entretenimento, pelo contrário, ele é importante para a sobrevivência financeira de alguns estúdios, o problema é que eles não costumam ser tão ricos em roteiro como são em efeitos visuais.
Além do mais, o Oscar está longe de ser prêmio para filmes-cabeça. Quando tem a oportunidade, a Academia acaba sempre optando pelo mais pipoca: por exemplo, em 2007, Os Infiltrados venceu Pequena Miss Sunshine, que tinha arrebatado a maioria dos sindicatos até então.
Ok, mas vamos deixar esta discussão de "Oscar Pop" para outro post. Eu só queria aqui deixar alguns nomes que, me parecem, vão longe.
:: Milk
:: Happy-go-lucky
:: O Curioso Caso de Benjamin Button
:: Frost/Nixon
:: Wall-E
:: Doubt
:: Slumdog Millionaire
Para a lista da HFPA que será anunciada nesta 5a feira, dia 11, eu aposto em 3 filmes na categoria "Melhor Filme - Comédia e/ou Musical": Queime depois de ler, Eu, meu irmão e nossa namorada e Vicky Cristina Barcelona.
É aguardar e conferir.
Sean Penn aparece como forte candidato aos prêmios de Melhor Ator por sua atuação em Milk
As montadoras de automóveis do mundo inteiro andam preocupadas com a crise financeira global. Ford e GM já pediram arrego ao governo americano; no Brasil, deram férias coletivas para mais de 15 mil empregados. A alemã Volkswagen fez o mesmo: mandou para a casa, por tempo indeterminado, mais de 18 mil funcionários das fábricas do Paraná, Rio e ABC paulista. No entanto, nenhum pepino é capaz de fazê-las parar de "cantar". O que mais se vê em anúncio de carro, ou melhor, o que mais se ouve, é música. E devo dizer que os planejadores, criativos e produtores andaram caprichando para os últimos filmes da Ford, GM e Volks. No mundo da publicidade, pelo visto, tudo continua azul. E isto não é uma crítica. Se fosse cética, não seria publicidade.
Abaixo, as três músicas que já fazem parte do horário nobre da nossa TV. Os comerciais são para o Focus (Ford), o Captiva (Chevrolet/GM) e o Fox (VW). E aí, qual é a sua favorita?
Só um detalhe: duas delas foram feitas para os respectivos comerciais. É curioso observar, nos blogs sobre propaganda e nas listas de comentários dos vídeos no YouTube, muita gente perguntando o nome da música, sem imaginar que se trata de um jingle. Eu mesmo só fui descobrir fazendo a pesquisa para este post. Por isso, lamento informar, mas elas não tocarão nas rádios e não estão em nenhum CD (com exceção, é claro, de Happy Together).
Happy Together
Ford Focus
Agência: JWT
Título: "Fábrica"
Direção de Criação: Mario D'Andrea, Roberto Fernandez e Fabio Brandão
"If I get to ride away..."
Chevrolet Captiva
Agência: McCann Erickson
Título: "Tempo"
Direção de Criação: Adriana Cury, Eric Sulzer, Paulo Sanna e Fernando Penteado
Música feita para o comercial pela produtora de som Panela. Autores: Filipe Trielli, Daniel Galli e Diego Guimarães. (Existe uma versão de 1 minuto deste filme no site da produtora: www.panelaprodutora.com.br)
"High up in the sky..."
VW Fox
Agência: AlmapBBDO
Título: "Do alto"
Direção de Criação: Marcello Serpa, Dulcídio Caldeira e Luiz Sanches.
Música feita para o comercial pelo produtor e músico Hilton Raw.