quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Brand Experience: Komatsu

Em outubro deste ano, Londres sediou o espetáculo Transports Exceptionnels, com Philippe Priasso, bailarino da companhia francesa Compagnie Beau Geste, e Komatsu, uma japonesa amarela, como de costume, de 13 toneladas. Isso mesmo: 13 toneladas! Seria estranho se não se tratasse de uma escavadeira. Um modelo PW140 da fabricante oriental de máquinas para construção dançou com Priasso em um parque público de Londres, chamando a atenção de quem passava, principalmente de crianças acompanhadas dos pais, em uma excepcional (como diz o nome do espetáculo) demonstração do produto. Antes de ser arte, o que se tem aqui é um belo caso de branding.
Como escreveu Will Collin na Meio & Mensagem de 3 de novembro:
"Ballet é o meio perfeito de expressar a suave e equilibrada operação do mecanismo da PW140. E talvez haja pouquíssimas maneiras de melhor demonstrar a precisão do braço e dos controles, do que com uma carga humana, onde qualquer milímetro fora da precisão total pode trazer risco de um ferimento catastrófico. Tendo ainda ao fundo a voz de Maria Callas com seu efeito enregelante, a destreza de movimento da PW140 parecia transcender a mera engenharia para assumir qualidades humanas que iam da ternura à agressão." Colin é sócio-fundador da Naked Communications, empresa referência em Marketing de Experiência.
A ação rendeu uma crítica bastante elogiosa na principal publicação do setor de construção do Reino Unido, a revista Building, cujas páginas geralmente veiculam anúncios tradicionais descrevendo as especificações técnicas de escavadeiras em um blá-blá-blá sem fim. Dessa forma, a Komatsu se sobressai das demais. Ponto para a inovação.

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