quinta-feira, 30 de abril de 2009

Brand Experience: Flygbussarna e Fosters

Em tempos de aquecimento global, os carros estão mesmo em baixa, como podemos ver nestas duas ações (uma sueca e outra australiana), exemplos de marketing de experiência.
O negócio da Flygbussarna é fazer o transporte de pessoas até o aeroporto de Estocolmo, na Suécia. Para isto conta com sua linha de ônibus. E para atrair clientes, a Flygbussarna e a Acne Advertising tiveram uma brilhante ideia (confira o vídeo). O mais interessante, aqui, não é a guerrilha em si, mas a complementação da ação na internet, no hotsite criado para a campanha; é lá que eles nos convencem da vantagem de optar pelo transporte público, ao contar, em tempo real (acreditamos nisso), o número de carros que passam pela rodovia em direção ao aeroporto, comparando com o número de ônibus que seria necessário para levar a mesma quantidade de pessoas, bem como o volume de CO2 cuja produção seria evitada se todos fossem de busão.   
O próximo caso é menos genial, porém mais bizarro (ainda que em filmes de ação dos mais mentirosos aconteça com frequência). A cervejaria Fosters criou com a Clemenger BBDO uma promoção inusitada para a marca Carlton Draught. Um carro velho foi escolhido, em votação popular, para ser atirado de um helicóptero. O veículo-bomba deveria atingir um alvo de 1 km de diâmetro. A dona do carro escolhido, Gillian Wright, ganharia um outro novinho se sua lata velha acertasse o alvo. O responsável por disparar o carro de uma altura de 14.000 pés foi um outro participante da promoção, Bill Johnson, selecionado através de um rótulo premiado. Se Bill acertasse, levaria cem mil dólares australianos. A promoção chamou-se "Drop the bomb". Veja o que aconteceu:

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Breve nos cinemas: Up

Assista ao trailer do próximo filme da Disney/Pixar. A estreia em circuito nacional está prevista para 9 de setembro. Nos EUA, o lançamento acontece em maio. Up tem versões em 3D, reforçando a tendência (em pouco tempo, até os dramas mais paradões serão em terceira dimensão).
Quem quiser assistir ao trailer em HD (recomendo), entre aqui.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Branding: cuidado com a logo

No processo de construção de uma logo, há muito o que considerar: tipologia, utilização ou não de ícones, cor, peso dos elementos, adequação ao conceito... Não é fácil. Eis alguns exemplos de como a coisa pode dar errado, ainda que a intenção seja a melhor.
"Kid Sex Change"? Aqui a solução seria apresentar a marca em duas linhas: "Kids" e "Exchange" ou dar um bom espaçamento entre as duas palavras.
Algumas horas o melhor a se fazer é não ser sugestivo.
Esse tem adequação, pelo menos com o nome da farmácia.
Mais infeliz, impossível.
Com a contribuição de Ju Klein, a zoukeira de Telluride.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Novos ventos: Addressable Advertising

Os americanos estão próximos de ingressar em uma nova era dos comerciais de TV. Trata-se da "propaganda endereçável" (addressable advertising).
A tecnologia digital trouxe a transmissão em narrowcast e os vídeos sob demanda. Nesta onda, percebemos que a publicidade na TV poderia ganhar em mensuração e segmentação. Este último aspecto significa ir além do simples arranjo do comercial em uma faixa de horário ou programação; tem a ver com enviar mensagens diferentes a públicos diferentes.
Trocando em miúdos, a coisa funciona mais ou menos assim: imaginem uma empresa de cartão de crédito; ela oferece o cartão padrão e as variações ascendentes: gold, platinum, etc. Na hora de anunciar na TV, ela poderia endereçar o comercial do cartão padrão para as áreas geográficas onde há concentração de pessoas da classe B e C, e o do cartão gold para a área mais nobre da cidade, onde reside a classe A da população. 
Pois bem. As 6 maiores operadoras de TV a cabo dos EUA se juntaram e criaram a CANOE. Comcast, Time Warner, Cox, Cablevision, Charter e Bright House detêm 90% dos assinantes de TV a cabo do país e, em pouco tempo, estarão lançando o CAAS (Cable Advanced Advertising System), que permite não só o endereçamento de filmes comerciais como a aferição mais detalhada do que diz respeito à exibição e audiência. A solidez de dados que a internet é capaz de oferecer aos anunciantes que nela investem chegará, enfim, à TV. Não sei explicar com mais detalhes, mas sabemos que com um canal de retorno as possibilidades são inúmeras. Em tempos de crise (e mesmo sem crise), é sempre bom ter um feedback sólido e aprofundado sobre o investimento em publicidade.
Viva o set-top box! Pena que, no Brasil, sequer saímos da era da TV aberta.
Foto de jared

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Cinema: Quando a TIM me decepcionou

Sempre fui fã das campanhas da TIM. A que lançou o novo posicionamento da empresa (de "Viver sem fronteiras" para "Você, sem fronteiras") contou com peças criativas e muito bem produzidas, como o filme abaixo - o texto é primoroso. Palmas para a turma da Neogama/BBHOutro bom filme é o da nova campanha, divulgando o Plano Infinity (veja aqui).
E assim, de filme em filme, de campanha em campanha, a TIM ganhou minha admiração (mas não minha conta). Até que... decidi ir ao cinema no sábado passado. Uma das ações de divulgação do novo plano da operadora é essa espécie de moldura que vocês veem na foto. O trailer de "Che", neste caso, dentro de um balãozinho. O texto é "Tudo é assunto. E com o Plano Infinity seus assuntos não têm fronteira de tempo de ligação". É pouco original, muito aquém das outras peças. Esperava mais. E não é só isso, na verdade o que me incomoda na peça é o fato de ser inconveniente para quem quer assistir ao trailer. Há outras formas de fazer - talvez nem tão baratas ou fáceis, mas certamente mais inteligentes e envolventes, como sempre foram seus filmes.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Online: a nova TV da Philips

A Philips continua sendo a minha preferida em matéria de comunicação e marketing, em seu segmento. Para divulgar os atributos e vantagens da sua nova TV, em formato 21:9 (tela de cinema), os caras criaram, juntos com a DDB de Londres e a Stink Digital, um curta metragem chamado Carousel. Acesse o site e assista. Aliás, não só assista, mas interaja! Você pode comparar o formato 21:9 com o convencional 16:9, pode ainda assistir com o recurso Ambilight e sem ele. A ideia é muito bem desenvolvida. Durante o filme, há ainda a intervenção de alguns diretores (caso você solicite), que buscam associar os elementos do cinema (cena, iluminação e efeitos de pós-produção) às características da TV, tudo para dizer: "Com uma 21:9, você aproveita o máximo!"
Imperdível! Não deixem de ver.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Todo mundo canta Burt

Burt Bacharach se apresenta no Rio de Janeiro neste sábado, dia 18. Sou do compositor e pianista octogenário e, parando para pensar, não sou o único. Todo mundo já assobiou Burt Bacharach. Suas músicas estão na boca não só de muitos admiradores, mas também de muitos cantores. Close To You, The Look of Love (que virou até hip-hop), I'll Never Fall in Love Again e I Say a Little Prayer já passaram pelas vozes de vários artistas. 
Posto aqui um mix de I Say a Little Prayer, uma das melhores, consagrada na voz de sua fiel parceira Dionne Warwick. Ela que também esteve no Brasil há poucos meses. Por que não combinaram a data?
00:01 - Diana King
00:17 - Emily Williams
00:25 - Natalie Cole e Whitney Houston
00:38 - Cast de "O Casamento do Meu Melhor Amigo"
00:41 - Grupo de amigos em algum lugar do mundo
00:46 - Dionne Warwick e Lucy Lawless
01:02 - Aretha Franklin
01:10 - Cídia e Dan

Jukebox: Raindrops Keep Fallin' On My Head

E eu não poderia deixar de postar uma Jukebox já que falamos em Burt Bacharach. Poucos artistas têm um repertório tão bom, tão tocado e cantado mundo afora como Burt. Vale dar os créditos também a Hal Davis, seu parceiro, autor da maioria das letras - uma delas, pelo menos, você sabe cantar, ainda que seja só um trecho.
Escolhi a minha preferida: Raindrops Keep Fallin' On My Head, que rendeu a Bacharach um de seus três Oscars. Pelo filme Butch Cassidy (1969), além de Melhor Canção, Burt também levou a estatueta na categoria de Melhor Trilha Sonora. No vídeo, a cena que se tornou clássica. Paul Newman, a bicicleta e as "gotas de chuva". O outro Oscar e os demais prêmios e indicações já faturados por esta fera, você confere aqui.
A versão mais conhecida é a de B.J. Thomas. É ela a versão original, que passou quatro semanas no topo da Billboard em 1970. Segundo a Wikipedia (acredite quem quiser), a música teve que ser gravada sete vezes, até que o pianista aprovasse o resultado.  
Raindrops... também já foi trilha de mini-série ("O Quinto dos Infernos") e comercial de TV. Abaixo, o filme da Pfizer criado pela Fabraquinteiro é parte de sua campanha contra o cigarro, rodada em 2007. Gosto muito da peça, e mais ainda do que chamo de "conceito gestual": assim como o Itaú tem o seu "i" em forma de arroba, desenhado no ar, aqui os dedos que seguram o cigarro na boca também servem de tesoura, justamente para cortar o hábito.
Ah, o filme foi rodado inteiramente em Curitiba e a versão de Raindrops... criada para o comercial é interpretada por Zé Rodrigo. Burt Bacharach tem 80 anos, 42 de carreira, casou-se 4 vezes e vai tocar no Rio neste fim de semana: de B.J. Thomas a Zé Rodrigo, todo mundo canta Burt.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Site: o catálogo digital e interativo da H&M

A H&M apresenta sua coleção de primavera (para os clientes acima do Equador, é claro) em seu site de maneira bastante criativa. Dois modelos, um homem e uma mulher, desfilam em seu monitor e se vestem com as peças que você escolhe entre as que aparecem flutuando na tela. Você pode trocar a roupa dos modelos quantas vezes quiser e até mesmo criar um avatar, fazendo o upload de uma foto do seu rosto e se transformando, assim, na(o) própria(o) modelo. Mais um exemplo legal de interatividade. Experimente aqui.

Essa cola: WWF impressa e interativa

A WWF e a agência DM9DDB assinam uma campanha bem inteligente. Cartazes magnéticos espalhados por shoppings, cinemas e academias de São Paulo trazem marcas de moedas de 5, 10, 25, 50 e 1 real. À medida que as pessoas passam e "colam" (ou doam) sua plata, a imagem de uma espécie ameaçada se forma. Cada cartaz pode arrecadar de R$270 a R$490. Tá aí um jeito divertido de pedir uns trocados.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Oppinião: Show de Ordem

Eduardo Paes, prefeito do Rio, definitivamente não prima pelo bom senso. Também parece ser avesso à discrição. Algumas ações do chamado "Choque de Ordem", iniciativa do peemedebista contra a desordem urbana, são inconvenientes, irracionais e espetaculares (no mau sentido). E o pior: elas acabam gerando ainda mais caos.
Quando interveio sobre os canteiros centrais da Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, para retirar a publicidade "ilegal" em front e backlights, o fez com estardalhaço, em plena manhã de dia útil, no horário em que estão todos saindo para trabalhar e o trânsito, naturalmente, já é insuportável. O que ele esperava? Aplausos de motoristas bem humorados às 8 da manhã? A operação de retirada dos painéis publicitários entupiu não só a grande avenida mas uma porção de vias secundárias, que desembocam nas Américas. Foi um nó, um inferno. Mas Eduardinho deve ter ficado feliz com o tamanho da plateia.
Depois o reboque de bicicletas estacionadas nas calçadas da Zona Sul, amarradas a postes e árvores. Talvez a ação (ou melhor, o ato - divisão de uma peça teatral) mais irracional de todas. Certamente, bicicletas atrapalham muito menos a vida do carioca do que vans ilegais e o excesso de ônibus pelas ruas, com seus motoristas muito educados e gentis. Em vez de apreender bicicleta, ele deveria estar reunido com o Metrô Rio, estudando a ampliação das linhas, ou criando bicicletários públicos e lançando uma campanha verde chamando a população para deixar o carro e sair com suas magrelas. Quanta burrice!
Neste fim de semana, outra pixotada: uma blitz, no início da madrugada, na Avenida das Américas (Eduardinho "adora" o seu bairro). A retenção era enorme. E o "kit blitz" da prefeitura era mais do que completo: dezenas de policiais, armados obviamente, dois caminhões reboques, algumas viaturas, uma porrada de cones, duas faixas ocupadas e (pasmem!), um balão inflável e iluminado no qual se lia "Lei Seca". Foi a blitz mais bem produzida que já vi na minha vida. Só queria saber se eles usaram os dois caminhões reboques.
Eduardo Paes adora uma plateia. E sobre a auditoria que ele contratou para analisar os gastos com a obra da Cidade da Música, só tenho uma palavra: palhaçada. Todo mundo já sabe que a obra foi superfaturada. O que Eduardinho vai fazer? Interromper a conclusão da construção? Deixar aquilo lá, como está, quase no fim? De que vai adiantar esta banca, efetivamente? Eu concordo com o vereador do DEM que o acusa de perseguição política neste caso. A resposta a Cesar Maia, os cariocas já deram: sua candidata não atingiu nem 5% dos votos na última eleição. Arrisco dizer que Cesar nunca mais governará a cidade. Ele próprio se desgastou politicamente, mas parece que o novo prefeito quer dar aquela pisada de misericórdia.
Vamos trabalhar Eduardinho! Menos "Show de Ordem", menos boçalidades. Mais objetividade.
 
eXTReMe Tracker