Na última semana tirei férias de tudo. Voltei a Nova York depois de 10 anos e aproveitei para dar um pulo em Orlando e curtir as novas e as clássicas atrações da Disney. Não posso dizer que deu para descansar. Na realidade, foi uma viagem bem cansativa - não tem como ser diferente: acordamos relativamente cedo e andamos pra cima e pra baixo; mapa numa mão, câmera na outra. E, às vezes, uma mochila nas costas. Todos os dias é o mesmo ritual. Mas é bom, é bom pra caramba. Nada como ser turista: achar interessante o ordinário, flanar com os olhos para o alto enquanto os outros passam apressados encarando o chão. Curtimos lugares desconhecidos, somos desafiados pelo idioma estrangeiro - se acertamos, ficamos orgulhosos; se erramos, ninguém liga, achamos graça, rimos do erro. Rimos de tudo. Uma cidade inteira aos nossos pés: chegamos, usamos e vamos embora. Os problemas não são nossos, nem os tributos. O viajante é livre, ou certamente aquele que mais se aproxima deste estado.
Reservo alguns posts para falar um pouco dos 5 dias que passei na Big Apple, a começar por este. E se uso algum verbo no plural é porque não fui sozinho, mas muito bem acompanhado.
Mamma Mia!: Os candidatos a pai da jovem Sophie.
Assistimos a duas peças - dois musicais. Em Mamma Mia! nada é melhor do que a trilha sonora. A peça tem uma vantagem com relação ao filme neste aspecto: mais músicas; inclusive uma das minhas favoritas - "Thank You For The Music", que não está no filme. Não é uma superprodução. Os cenários são extremamente simples. Mas se o visual não impressiona, o que escutamos é muito bom. O teatro estava lotado. Para quem curte as canções do ABBA é, definitivamente, um prato cheio.
O premiado South Pacific (7 Tonys em 2008) também não tem na história seu ponto forte, embora alguns aspectos sejam interessantes de se discutir. A peça vale mesmo pela produção, pela riqueza dos cenários e a performance musical dos atores. O palco em semicírculo da sala Vivian Beaumont, no Lincoln Center Theater, dá a impressão de que estamos mais próximos do show. O teatro não é grande, mas as fileiras de poltronas dispostas no formato arena não permite que nenhuma cabeça inoportuna atrapalhe sua visão. A peça era uma incógnita para a gente: não conhecíamos previamente a história e só sabíamos que eram quase 3 horas de espetáculo. Um risco. Risco de nos rendermos ao sono ainda no 1º ato. Alguns de nós, é verdade, não resistiram. Eu consegui levar e, no final das contas, não me pareceu tão longa assim.
South Pacific: A enfermeira Nellie no melhor momento da peça - "I'm Gonna Wash That Man Right Outa My Hair" e "A Wonderful Guy".
3 comentários:
eu assumo, dormi o 2o ato inteiro... lutei, mas o cansaço físico me derrubou... só posso falar sobre o 1º ato, adorei! =/
uhauahuahuahuhau eii vcs voltaram!
vc tb voltou! andava sumida daqui =) precisamos marcar outro outback, agora pra falar de NY "em julho" hahaha
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