A tecnologia digital trouxe a transmissão em narrowcast e os vídeos sob demanda. Nesta onda, percebemos que a publicidade na TV poderia ganhar em mensuração e segmentação. Este último aspecto significa ir além do simples arranjo do comercial em uma faixa de horário ou programação; tem a ver com enviar mensagens diferentes a públicos diferentes.
Trocando em miúdos, a coisa funciona mais ou menos assim: imaginem uma empresa de cartão de crédito; ela oferece o cartão padrão e as variações ascendentes: gold, platinum, etc. Na hora de anunciar na TV, ela poderia endereçar o comercial do cartão padrão para as áreas geográficas onde há concentração de pessoas da classe B e C, e o do cartão gold para a área mais nobre da cidade, onde reside a classe A da população.
Pois bem. As 6 maiores operadoras de TV a cabo dos EUA se juntaram e criaram a CANOE. Comcast, Time Warner, Cox, Cablevision, Charter e Bright House detêm 90% dos assinantes de TV a cabo do país e, em pouco tempo, estarão lançando o CAAS (Cable Advanced Advertising System), que permite não só o endereçamento de filmes comerciais como a aferição mais detalhada do que diz respeito à exibição e audiência. A solidez de dados que a internet é capaz de oferecer aos anunciantes que nela investem chegará, enfim, à TV. Não sei explicar com mais detalhes, mas sabemos que com um canal de retorno as possibilidades são inúmeras. Em tempos de crise (e mesmo sem crise), é sempre bom ter um feedback sólido e aprofundado sobre o investimento em publicidade.
Viva o set-top box! Pena que, no Brasil, sequer saímos da era da TV aberta.
Foto de jared
Um comentário:
Muito bacana o post.
Parabéns pelo blog.
Abraços
renands
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