Dei a dica no antepenúltimo post e fui correndo conferir o filme, afinal, se a dica fosse furada dava tempo de voltar aqui e me corrigir, rapidinho. Não é furada. E digo mais: Julie & Julia superou minhas expectativas e vai chegar (a partir de agora, quando eu disser "vai chegar" me refiro às listas de premiações que acontecem de janeiro à março de 2010).
O filme é delicioso. Meryl Streep e Amy Adams mais uma vez estão absolutamente firmes, ótimas, encantadoras. Amy é uma bela atriz - não sei se cheguei a escrever aqui, à época do Oscar, mas ela já me conquistara em "Dúvida"; para mim, é dela a melhor performance entre os 4 atores que foram indicados ao Oscar por este filme (além de Adams e Streep, Philip Seymour Hoffman e Viola Davis também concorreram à estatueta - ninguém levou).
Julie & Julia é também engraçado. Meryl Streep e Stanley Tucci parecem ter nascido um para o outro, embora o contraste físico nos faça duvidar disto a princípio. Aliás, a corpulência de Julia Child só contribui para torná-la mais simpática.
É importante ressaltar: já na parte final (não se preocupem, não vou contar), há um fato na história que faz com que o filme seja um pouquinho mais do que um "água com açúcar". O fato rompe uma certa aura de harmonia e empatia que se estabelece, desde a primeira cena, entre o público e as personagens principais. Não chega a romper, vá lá, mas certamente a abala. Somos obrigados a nos confrontar com o juízo muito positivo que havíamos criado ao longo do filme acerca de uma das personagens. A atitude nos inquieta por parecer claramente incoerente com o caráter da personagem. Como não existe nenhuma vilã na história, não somos acometidos pela raiva, mas pela decepção. É aí que o filme se torna ainda mais interessante, porque humano.
Portanto, reforço: assistam à Julie & Julia. Ainda melhor se for num domingo à tarde.
O filme é delicioso. Meryl Streep e Amy Adams mais uma vez estão absolutamente firmes, ótimas, encantadoras. Amy é uma bela atriz - não sei se cheguei a escrever aqui, à época do Oscar, mas ela já me conquistara em "Dúvida"; para mim, é dela a melhor performance entre os 4 atores que foram indicados ao Oscar por este filme (além de Adams e Streep, Philip Seymour Hoffman e Viola Davis também concorreram à estatueta - ninguém levou).
Julie & Julia é também engraçado. Meryl Streep e Stanley Tucci parecem ter nascido um para o outro, embora o contraste físico nos faça duvidar disto a princípio. Aliás, a corpulência de Julia Child só contribui para torná-la mais simpática.
É importante ressaltar: já na parte final (não se preocupem, não vou contar), há um fato na história que faz com que o filme seja um pouquinho mais do que um "água com açúcar". O fato rompe uma certa aura de harmonia e empatia que se estabelece, desde a primeira cena, entre o público e as personagens principais. Não chega a romper, vá lá, mas certamente a abala. Somos obrigados a nos confrontar com o juízo muito positivo que havíamos criado ao longo do filme acerca de uma das personagens. A atitude nos inquieta por parecer claramente incoerente com o caráter da personagem. Como não existe nenhuma vilã na história, não somos acometidos pela raiva, mas pela decepção. É aí que o filme se torna ainda mais interessante, porque humano.
Portanto, reforço: assistam à Julie & Julia. Ainda melhor se for num domingo à tarde.
A verdadeira Julie Powell: até que lembra a Amy Adams, não?