Assisti ao vídeo abaixo esta semana e já adianto que não é nada legal. A situação me parece real, e mesmo que não fosse, não é preciso um vídeo para me fazer acreditar que o fato existe. É absolutamente inegável a influência da chamada indústria cultural, aquela mesmo de Adorno e Horkheimer, sobre a construção de valores e visão de mundo de nossa sociedade. Produtos culturais se amontoam em nossos repertórios de referências desde que (não) nos entendemos como gente, e formam perigosos estereótipos, a partir do momento que constroem modelos de beleza, bondade e heroísmo.
Acho que nossos produtores de cultura devem parar um pouco e refletir. A comunicação que deturpa também educa. É só saber usá-la. Sei: não é fácil fugir das referências que consumimos muito antes de um dia virarmos produtores. Quando chegamos lá, trazemo-nas conosco e as reproduzimos. Propor um novo rumo, experimentar novas associações pode ser comercialmente arriscado, é ou não é? Afinal, só gostamos daquilo que vem ao encontro de nossos valores e percepções, que por sua vez já estão viciados. Aí é mais fácil e seguro repetir fórmulas e fazer mais do mesmo... "O padrão facilita o entendimento da massa!", diriam. Ok, mas também acaba por criar coisas deste tipo:
sábado, 1 de maio de 2010
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Um comentário:
que coisa triste...
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