sexta-feira, 29 de maio de 2009

Product Placement: Hellmann's

Esta eu descobri durante o seminário de publicidade e propaganda que a Rede Globo organizou em parceria com a PUC do Rio de Janeiro na semana passada.
Quem é fã do humorístico "Toma Lá Dá Cá" certamente já assistiu a sequência abaixo. Trata-se de uma ação de product placement (ou merchandising, como é mais conhecida) divertida e bem oportuna
Antes, vale contextualizar: o seriado satiriza a classe média emergente (os nouveaux riches) que, no fundo, não tem classe alguma. Falabella, como sabemos, é craque no estilo politicamente incorreto. Os personagens têm consciência de como são "baixo-níveis" e por isso se preocupam com o fato de que nunca conseguirão arrumar um merchandising no programa. Um dia, porém, aparece uma tal maionese. Confiram a ação.
Eu a acho genial porque é coerente! O ideal continua a ser o da exposição sutil da marca ou produto, fazê-los aparecer naturalmente. Até vale citá-los ou experimentá-los, desde que tudo pareça natural, integrado à ação, à história. A genialidade do caso Hellmann's-Toma Lá Dá Cá foi ter criado condições para que o produto pudesse ser explorado ao máximo. Toda marca gostaria de ter tamanha exposição durante uma ação de merchandising, mas isso só foi possível porque há o suporte do roteiro, da história, que fez tudo parecer coerente.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Indiscreto: Janelas

Esta é aquela seção em que eu clico e publico algumas imagens insólitas que aparecem, assim, de repente.
Hoje, olhei para a janela como quem quer admirar o céu e me deparei com esse cara aí. Calma, não se trata de um suicida. É mais um cara que trabalha na obra da fachada do prédio - que se arrasta há uns dois anos. Ultimamente, ele e seus colegas têm nos visitado com frequência. Surgem para colar pastilhas, rejuntá-las e pintar as paredes. Para quem convive diariamente com esta turma, a cena é comum, mas uma fitada despretensiosa pode causar espanto.
E por falar em coisas estranhas que aparecem na janela, eu me lembrei de duas cenas muito engraçadas. Uma de "Todo Poderoso" (clique no link ou na imagem para assistir) e a outra de "Os Normais - O Filme" (abaixo). A primeira é uma das sequências mais hilárias da comédia estrelada por Jim Carrey, quando seu personagem, Bruce, já no cargo de Deus, se depara com um lista infinita de e-mails com pedidos de mortais do mundo inteiro. Para encarar o trabalho, só com um bom café colombiano! Oportunamente, encontrei a versão dublada em espanhol.
Já a sequência de "Os Normais" dispensa apresentações, embora a minha favorita seja a do Rui tentando consertar a boneca da Marta - é de chorar de rir.
 
E para terminar, um comercial de 2006 (mas parece que foi ontem) para a linha Adventure da Fiat. O bom resultado da ideia deve muito à direção de cena: legal a criação, melhor ainda a produção.

sábado, 16 de maio de 2009

Jogo: Que marca é essa?

Três logos famosas - e ampliadas. A quem pertencem estes traços? Tenho certeza que não lhe são estranhos... A resposta nos comentários.

O vinho que desce redondo

Já experimentou chopp de vinho? É isso aí, este bar em Cabo Frio vende a bebida, que não é novidade para muitos, embora seja figurinha difícil de encontrar.
A ideia veio do sul do país e provavelmente o chopp de vinho mais conhecido seja o Autêntico. De chopp não tem nada, a não ser o fato de ser tirado de uma choppeira e servido com colarinho em uma tulipa. Uma das propostas do produto é estimular o interesse do público jovem por vinho. Tinto ou branco, ele é ideal para quem... bem, para quem adora uma invenção. Prefiro nem imaginar o que Miles "Giamatti" acha da ideia.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Design: Todo relógio queria ser um Polar Clock

Acho sensacional o desenho deste relógio. Acredito que pela imagem já dê para sacar como ele funciona, mas se você ainda tem dúvida, vale a pena ver de perto (entre aqui). Baixe o Polar Clock e use como protetor de tela. Há uma versão para iPhone também. Moderno, inteligente... hipnótico! Me amarrei.

Online: Thomas Edison no YouTube

tiny.cc/edison. Este é o endereço do canal da biblioteca do Congresso americano no YouTube. Lá, você confere a coleção de filminhos feitos por Thomas Edison na década de 1890. Bizarro, não? O exemplo abaixo é de uma luta de boxe em junho de 1894. "As microproduções popularescas foram feitas para cinemascópio, um precursor dos projetores de cinema" (Superinteressante, ed. 265). O nascimento do cinema, a propósito, acontece oficialmente em 1895. Sobre sua paternidade, porém, não há consenso. Para os americanos, Edison é seu criador. Para os franceses, a sétima arte tem dois pais: os irmãos Lumière. E tem mais gente nesta história. Enfim, é mais uma polêmica para a famosa mesa de botequim.
O único problema é aguentar essa vinhetinha de abertura e encerramento.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Online: Paper Beats Internet

Eis aqui a
mais
inusitada rede social que já vi.
Trata-se da Paper Beats Internet, idealizada por alunos da Ontario College of Art and Design e desenvolvida pela agência digital Grand Creative e pelo ilustrador canadense Graham Roumieu. Lá, os alunos e participantes convidados postam desenhos feitos à mão e recebem como resposta outras ilustrações. Muito legal, não deixem de visitar. Por aqui ou pela figura.
Desenho de Hyung-Taek Han

Quando o meio faz parte da peça

Na "coluna" de Nova York: "What goes around comes around."
Da Big Ant International para a Global Coalition for Peace, uma instituição sem fins lucrativos que prega a não violência ao redor do mundo.
Um belo caso de uso inteligente e criativo do meio.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Branding: se as marcas ganhassem jogo.

Temos aí em cima as marcas das 4 finalistas na disputa pela sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Aproveitando a visita recente dos membros do COI, acho oportuno falar da identidade visual brasileira para o evento e propor a eleição da melhor marca. É óbvio que elas não decidem a parada, mas nem por isso são menos importantes, afinal é a primeira impressão, é o primeiro sinal, e como diz a máxima mais surrada (e enganosa?) da publicidade, "a primeira impressão é a que fica".
Vamos lá: gosto do desenho. O Pão de Açúcar (sempre ele - incomparável!) projetado na enseada de Botafogo. Em pé, o recorte amarelo de um céu ensolarado; deitado, o azul do mar. Por fim, a figura tem a forma de um coração inclinado, o que é coerente com o conceito: "Viva sua paixão".
Agora, os poréns. Não é a minha favorita. Sinto uma tremenda falta do vermelho na figura. Principalmente se estamos falando de 'paixão'. E isto não é lugar-comum: paixão é vermelho e tranquilidade é azul assim como 1 + 1 é 2. É quase um dogma. Além disso, é Olimpíadas, e os anéis olímpicos não são cinco por acaso, nem coloridos por mera questão estética. Cada anel tem uma cor para que se possa dizer que cada um representa um continente. Portanto, em uma análise mais radical, subtrair uma das cinco cores da logo (azul, vermelho, preto, verde ou amarelo) é ignorar a presença do respectivo continente. Por outro lado, também concordo com quem diz: "Mas onde vai botar o vermelho e o preto nesta logo?". De fato, difícil resolver. A solução seria fazer uma outra logo.
Com relação ao uso das cores, Madri e Tóquio levam vantagem. A "mão" de Madri explora as cores ao máximo, fazendo jus ao 'exagero' latino; enquanto os japoneses são mais discretos. Vale notar que a "mão" é, na realidade, um "M" estilizado, inicial do nome da cidade. A fonte escolhida pelos designers espanhóis é coerente com a marca. A logo de Tóquio me agrada muito: a mensagem é simples, o desenho é claro e a tipologia moderna, tem a cara da capital japonesa. Chicago usa degradê, coisa de que não gosto, mas me agrada o tipo.
Enrolei, enrolei e não dei meu voto. Estou entre Madri e Tóquio. Sobre as chances do Rio, me parece que depois da visita do COI elas aumentaram. A passagem dos membros do Comitê ocorreu em uma época muito oportuna: no outono, quando geralmente os dias são de céu limpo e clima agradável. E nós sabemos que debaixo de um céu azul como o de hoje, nossa vila é imbatível. Agora que a natureza deu sua contribuição à candidatura brasileira, é hora de fazermos o resto - e põe resto nisso.
 
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