sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Uma boa e uma ruim: Sadia e Britannia

Esta é uma nova seção. A ideia é trazer para cá duas propagandas que estão na rua atualmente (impressa, eletrônica ou digital), uma legal, com algum atributo de fato notável, e outra mais ou menos, ruinzinha, tipo exercício de alunos do primeiro período.

Inaugurando a seção temos de um lado a nova campanha da Sadia e o filme Famílias, criado pela DPZ, e do outro o comercial do curso de idiomas Britannia (clique aqui para assistir, infelizmente não encontrei nenhuma versão "incorporável").

Bons filmes não começam com S, mas terminam com S, de Sadia. Sempre gostei muito dos seus institucionais, e este é mais um deles. O legal no filme, além da simpática menina, é o texto. Vale como exemplo para aquela que deveria ser lição número 1 nos cursos de redação publicitária: o texto deve conversar, contar uma história, sem frases de efeito ou expressões gastas, que aparecem por aí ocupando o espaço que a originalidade deixou vago; papo de vendedor é tudo igual, é ou não é? Alguns redatores criam o "papo de vendedor", outros criam uma história, papo franco, livre de palavras-chave. É assim o texto da DPZ para esta campanha, fruto também de um belo conceito ("A vida com S é mais gostosa") - o S como símbolo do plural, de gente reunida compartilhando bons momentos. Toda marca de alimentos explora a mesma ideia há séculos: a comida e/ou bebida como elemento agregador de pessoas: é a Coca no meio da mesa do almoço de domingo, é a pizza com os amigos, a macarronada em família. Então quando alguém lá da turma do Duailibi diz que o S não é só a marca da Sadia, mas é também a marca do plural, esse alguém pensou, usou a inteligência e deu início a uma bela campanha.

Abaixo, o filme (full version). Depois, o link para o canal da Sadia no YouTube, em que encontramos outros filminhos menores, de 10 segundos, com situações típicas de cada família: a dos solteiros, dos noveleiros, etc.

Canal Sadia: http://www.youtube.com/watch?v=UDyTo31UjA0

Do outro lado, o comercial da Britannia. Ruizinho. A ideia que se passa desde o início é que a legenda no vídeo traduz o que o locutor fala em inglês. É o que esperamos do primeiro ao último segundo. É a lógica. Até que a voz diz "At Britannia..." e o texto mostra "Faça Britannia...". Como assim? Se eu não sei inglês, aprendo errado. Se eu sei mais ou menos, passo a desconfiar do pouco que eu sei. Calma! Não somos nós os errados, são eles. Se pegarmos a frase completa locutada e a frase completa escrita, vamos ver que o sentido é o mesmo no final das contas. Não sei por que, porém, os caras jogaram um "faça" - tentativa tosca de criar algo subliminar? Ou o tal vício do "papo de vendedor" e suas palavras-chaves, como escrevi lá em cima?

E tem mais: no final, como tiro de misericórdia, o locutor desmunheca legal quando passa a falar em português! Inglês excepcional! e meio afetado pro meu gosto. Não é por aí.

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