terça-feira, 6 de outubro de 2009

Oppinião: O 3D

Papo vai, papo vem na mesa do Fiammetta, onde comemorei meu aniversário no último domingo, chegamos ao "Up", novo filme da Pixar/Disney e - já arrisco dizer - aquele que levará o Oscar de Animação em 2010.

Eu, minha namorada e mais dois amigos queridos falávamos sobre o filme. Uma unanimidade: havíamos gostado, e muito. A divergência era sobre o por quê de uma edição em terceira dimensão se não havia nenhuma cena que explorasse "de verdade" o recurso. Neste caso, ficou 3 contra 1: eles achavam desperdício pagar mais pelo ingresso e usar um óculos incômodo se os efeitos tridimensionais eram subexplorados; eu defendia a ideia de que, ainda assim, o filme em 3D era mais interessante do que o outro, também em 3D, só que menos - vocês entenderam rs. Confessei mesmo que entrei na sala sem a expectativa de ver figuras estourando da tela e vindo parar no meu nariz.

Veremos mais e mais filmes em 3D. E não é só animação. "O Cavaleiro das Trevas" teve algumas cenas filmadas em terceira dimensão e rodadas para poucas pessoas em sessões especiais. Foi um aperitivo. Em breve será lançado "Avatar", o novo filme de James Cameron ("Titanic"), live-action e... 3D. É uma tendência. A questão é: quando o 3D vai deixar de ser exceção e virar regra? A Meio&Mensagem fez esta pergunta a Carlos Saldanha, diretor brasileiro do maior sucesso de bilheteria de 2009, por enquanto: "A Era do Gelo 3". Saldanha acha que no caso dos live-actions a coisa não deve ser assim tão veloz, pois filmar e exibir em terceira dimensão exige equipamentos especiais de estúdios e cinemas. O custo dos exibidores tende a ser maior, mas aqueles que já possuem salas 3D comprovam o sucesso deste tipo de produção.

Outra coisa: quando vamos assistir a um filme 3D em um parque temático, esperamos ser estimulados ao máximo - não só por recursos visuais mas também pelo tato: a cadeira vibra, há esguichos de água que saem sabe-se lá de onde, etc. A atração é o 3D. Neste caso, o roteiro é escrito sob a seguinte orientação: "Pense em cenas que explore ao máximo o recurso. As pessoas querem ser estimuladas, não necessariamente ver uma história legal". No caso de filmes como "Up" (e da maioria exibida em cinemas comuns), a prioridade é a história, é claro. O roteiro não deve ficar amarrado a "faça o espectador pular da cadeira!". Por isso eu já não esperava nenhum grande estímulo sensorial. Minha expectativa residia 100% sobre a história. O 3D só faz com que tudo pareça mais real; sentimo-nos mais envolvidos e sensibilizados.

Mas o "mais importante" dessa história toda é que não podemos fazer isso em casa. A onda 3D vai deixar de ser onda e virar o próprio oceano, menos para nos agradar e mais para tentar reaquecer o cinema como negócio. Ou seja, para ver o filme em terceira dimensão só pagando 12 reais no cinema mais próximo (meia entrada!). Enfim, mesmo com "pouco 3D", "Up" é um barato.

4 comentários:

Flávia Araujo disse...

Se o mais importante é a história (eu concordo com isso) pq pagamos mais caro para assistir "3D"? SE aqui no Brasil nós não temos estrutura para fazer um 3D decente, então não ofereça isso ao cliente. Isso é pura estratégia de marketing. Nós achamos que vai ser uma coisa, pagamos bem mais caro por isso e na hora, uma decepção. E outro coisa, nos parques temáticos, as animações não estão em 3D, mas sim em 4D, por isso a cadeira vibra, sentimos odores diferentes e esguichos de água que estão localizados, normalmente, na cadeira da frente, com a mira na sua cara. hehehehe Bjs

Pepê Lopes disse...

É uma questão de se ajustar a expectativa. A sua expectativa era de ver um "3D decente" (isto é, quando o filme "pula da tela"), daí a decepção. Compreensível. A minha expectativa não era essa. Eu prefiro o filme em 3D ao filme "comum", por isso pago mais caro sem reclamar (não me interessa se ele vai pular ou não - o simples efeito 3D já é mto legal). O lance é ajustar a sua expectativa, espere menos e, se então achar que não vale a pena pagar mais, não pague, veja a versão "normal". O que quero dizer é q não se trata de propaganda enganosa. É verdadeiro: o filme é em 3D! Não há decepção alguma, se vc tem a expectativa adequada.

Flávia Araujo disse...

eu nem percebi o 3D...

Anônimo disse...

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