Sabe aquela história: o que te faz assistir determinado filme?, o trailer?, a crítica?, o elenco?, o gênero?, o boca-a-boca?... Para a maioria talvez seja "sei lá, escolho a sessão que estiver mais próxima de começar". Eu já respondi esta pergunta algumas vezes, em todas elas, eu menti. Mas não menti de propósito! Dei uma resposta acreditando estar dizendo a verdade, achando que me conhecia tão bem a ponto de saber assim, tranqüilamente, o que determina minhas escolhas. Nunca sabemos tão bem porque preferimos A a B. Pois só há algumas semanas eu descobri o que, de fato, me faz escolher determinado filme.
Esta descoberta, na realidade, me veio como uma revelação óbvia, do tipo "agora tudo faz sentido! como não pensei nisto antes?", sabe? Vocês poderão achar tosco mas, por favor, peguem leve, eu faço publicidade... e publicitário tem dessas coisas.
Eu "compro" um filme pelo seu título! Em primeiro lugar. E pelo seu cartaz! Em segundo. Pronto, falei. Era óbvio: a redação e a direção de arte, respectivamente. É lógico que a crítica e o boca-a-boca contam (o trailer muito pouco). Mas o que me fisga de verdade é o nome.
Falando nisso, trago dois exemplos de estréias deste mês, um entra em cartaz esta sexta, dia 7; o outro sexta que vem, 14. O primeiro trata-se do pior título que eu já vi na minha vida (exagerando um pouco, mas em se tratando de 007, eu posso exagerar). É isso aí, o novo James Bond se chama "Quantum of Solace". Em inglês já é indigesto. Mas tudo bem, problema deles, quando vier para cá arrumam um nome melhor. Não. E sabe por quê? Porque eles não encontraram nada que se aproximasse. Seria algo como "Quantidade de Conforto". Então, decidiram manter o nome original. Mas tudo bem, falar inglês é com a gente mesmo.
Na outra extremidade, está o novo filme de Woody Allen, que chega aos cinemas dia 14: "Vicky Cristina Barcelona". Uau. Foi amor à primeira ouvida. Depois eu vi o cartaz: uma bela foto cujo enquadramento "despretensioso" revela um trio pra lá de talentoso: Javier Bardem, Penélope Cruz e Scarlett Johansson. Não sei se o filme é bom, mas o nome, sem dúvida, é ótimo.
3 coisas sobre o filme: a primeira não é novidade para ninguém. Woody Allen, definitivamente, adotou Scarlett Johansson - primeiro em Ponto Final, depois em Scoop, e agora como a Cristina, do título. A segunda é que Allen está sendo acusado de plágio por um escritor que afirma ter escrito um romance cuja trama se assemelha muito com a do roteiro do longa, e está disposto a desmascará-lo. A terceira e última é que, dizem aqueles que já assistiram, que este é um filme diferente dos que os fãs de Woody Allen estão acostumados a ver. Além disso, tem uma bela fotografia, o que dá uma certa leveza à obra - em outras palavras, é menos Manhattan (cidade adorada pelo diretor e onde se passa a maioria de seus filmes) e mais Barcelona.
Volto a falar sobre nomes daqui a alguns posts. Beijos.
Elenco com o diretor e roteirista de Vicky Cristina Barcelona: Woody Allen.
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