quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Sobre livros & books: números do mercado editorial

Estou prestes a terminar meu primeiro romance, mas os números do mercado editorial brasileiro são pouco animadores se comparados com os do americano. Já estou pensando em contratar um tradutor para transformar A Garota do Parque em The Girl of the Park. A culpa, porém, não é só da tecnologia (já ouviram falar no Kindle, certo?). O problema está no hábito (ou na falta dele): o brasileiro lê pouco. Confiram alguns números:

95,5 MILHÕES (50%) de brasileiros leram algum livro em 2008. 43 MI deles (45%) não terminaram a leitura. 47,4 MI (49%) são estudantes que leram para a escola.

Leitores brasileiros compram 1,2 LIVROS por ano. Leitores americanos compram 6,7 LIVROS por ano.

Faturamento do mercado editorial americano em 2008: R$ 90 BI (pop. aprox.: 300 mi) Do brasileiro: R$ 3,3 BI (pop. aprox.: 190 mi)

Livros impressos nos States: 3 BI
Livros impressos no Brasil: 333 MI

Recorde! J. K. Rowling já vendeu 375 milhões de livros da saga "Harry Potter". J. K. ganha R$ 9 MILHÕES por semana em royalties.

Ela é a autora mais bem paga do mundo: R$ 500 MI por ano, seguida de:
2º James Patterson: R$ 85 MI (autor de suspenses como 1º a Morrer, Quando Sopra o Vento, etc.)
3º Stephen King: R$ 80 MI
4º Tom Clancy: R$ 60 MI (temas policiais, histórias de terroristas - americanos adoram...)
5º Danielle Steel: R$ 50 MI

Os autores estrangeiros mais traduzidos no Brasil:
Barbara Cartland, 360 edições
Agatha Christie, 315
Joseph Murphy, 245
Danielle Steel , 232
Sidney Sheldon, 214

Ao menos podemos nos orgulhar de ter o autor vivo mais traduzido no mundo. Uma bala para quem advinhar o nome da fera. Mole, né? 67 línguas para Paulo Coelho.

Dados extraídos da Superinteressante (ed. 272, dez/2009, p. 36)

4 comentários:

tima disse...

brasileiro não lê.. é um fato mesmo. Nem se compara com a porrada de livro que americanos e europeus são obrigados a ler na escola. Aqui só sabem mandar a gente ler Machado de Assis, como se só a literatura brasileira prestasse.

Pepê Lopes disse...

Acontece que estudamos apenas literatura brasileira, que deve ser lida sim. Aliás Machado de Assis deveria ser lido em qualquer escola do mundo. Poderia se inserir um módulo de literatura estrangeira no curso de literatura, ou coisa que o valha.

O problema, eu acho, é que "literatura" no Brasil ainda é entendida muito como coisa de intelectual pobretão que vive de fazer arte pela arte. Falta vê-la como negócio, como indústria. Falta marketing. Mais importante do que ler como os americanos, é pensar como os americanos, e começar a fazer dinheiro com qq coisa.

Mariana disse...

Cara eu faço a minha parte, terminei dois livros, mais um da FGV e já tô no clube do filme agora... Sendo que tenho uma coluna de livros aqui pra ler! Adoro! Minha última aquisição foi o que saiu com os contos da Clarice Lispector.

Pedro Paulo de Moraes Lopes disse...

Que inveja Mari! Depois me fala sobre esse clube do filme. Não é aquele que o pai faz um acordo com o filho de assistir a um bom filme por semana, é?

 
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