quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Adbusting: arte ou vandalismo?

Uma velha mídia muito conhecida por todos e, às vezes, acusada de causar poluição visual em paisagens urbanas, vem sofrendo intervenções de "artistas" em Berlim e Nova Iorque. O meio a que me refiro é o outdoor e a "arte" chama-se adbusting. Tem esse nome porque danifica a peça. Algumas ações são mais agressivas do que outras, como as do "Poster Boy": um cara que, com uma lâmina na mão e uma máscara no rosto, sai pela Big Apple recortando outdoors e refazendo-os, num exercício criativo de colagem.
É exatamente por ser criativo - mais criativo do que os próprios anúncios - que este tipo de interventor acabou ganhando título de artista. Mas seria mesmo arte, ou está mais para um vandalismo "bem bolado"? Acho a questão polêmica e aposto que os anunciantes não gostaram do que viram. 
Para a publicidade, se trata de um alerta, um sinal de que já passou da hora de buscar novos rumos, novas alternativas de divulgação. Não me coloco ao lado dos "adbusters", muito pelo contrário, porém, o que fazer quando a criatividade está com eles? Essa questão dá pano pra manga. Poderíamos nos remeter aos heróis clássicos do cinema e da TV, de Carlitos ao Didi Mocó: sempre nos divertimos e torcemos por eles quando desafiam a instituição e a ordem formal, é ou não é? Eis um bom assunto para aquele papo de boteco.
Abaixo, as ousadas intervenções.
No metrô de Berlim, um grupo de adbusters transformou a propaganda dos CDs de Britney Spears, Christina Aguilera e Leona Lewis em tela do photoshop, famoso software de edição de imagens, sugerindo que aqueles rostos bonitinhos passaram por uma retocada virtual para ficarem assim.
Esse cara com o maior estilo de gângster sai por Nova Iorque alterando outdoors: é o Poster Boy. As modelos que se cuidem!

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